Estilos de aprendizagem
Impacto Baixo, Custo muito baixo, Evidência limitada
Estilos de aprendizagem
A idéia subjacente aos estilos de aprendizagem consiste em que cada indivíduo tem uma estratégia particular ou um estilo de aprendizagem. A teoria por tanto, se baseia em que a aprendizagem será mais eficaz ou eficiente se os estudantes aprendem com o estilo ou a estratégia específica que for identificada como o seu próprio estilo de aprendizagem. Por exemplo, os estudantes categorizados por possuir um estilo de aprendizagem "auditivo", poderiam aprender mais através da narração e a discussão e menos através dos exercícios tradicionais baseados na escritura.
Quão efetiva é a intervenção?
Existe evidência muito limitada de que algum conjunto coerente de "estilos" de aprendizagem possa ser utilizado com confiança para identificar diferenças reais nas necessidades de aprendizagem de estudantes jovens. Além disto, a evidência sugere que é pouco útil classificar aos estudantes em grupos ou categorias baseado em um suposto estilo de aprendizagem.
Em geral, a evidência mostra um impacto em média de 2 meses de aprendizagem para as intervenções orientadas pela teoria dos estilos de aprendizagem. Porém, devido à escassa evidência sobre a existência de "estilos de aprendizagem", é razoável concluir de que estas conquistas podem ser o resultado de que os estudantes assumam a responsabilidade da sua própria aprendizagem (ver Metacognição) ou que os professores estejam utilizando uma ampla gama de atividades para o ensino do mesmo conteúdo, em vez de que seja o resultado de diferentes estilos de aprendizagem.
As preferências de aprendizagem mudam em diferentes situações e no percorrer do tempo, e existe alguma evidência de que a preferência cognitiva e o tipo de tarefa podem estar relacionados (por exemplo, a visualização é particularmente valiosa para algumas áreas das matemáticas). No entanto, os estudos nos quais as atividades de ensino estão dirigidas para determinados estudantes baseados num "estilo de aprendizagem" identificado, não demonstraram convincentemente nenhum benefício importante, especialmente em estudantes com rendimento baixo. Os impactos registrados geralmente são baixos ou negativos e a evidência sugere que somente um ou dois estudantes numa aula de 25 poderiam ser beneficiados com esta estratégia.
A falta de impacto dos estilos de aprendizagem tem sido documentada em todas as fases da educação, mas é particularmente importante não classificar os estudantes na idade primária e que não pensem que a sua falta de sucesso pode ser devido a seu estilo de aprendizagem.
Evidência na América Latina
A maior parte da pesquisa na América Latina em estilos de aprendizagem é descritiva e correlacional. Estudos tendem a investigar o tipo de estilo de aprendizagem que prevalece entre os estudantes e as formas como esses estilos estão relacionados ao contexto socioeconômico do estudante e outras características, como a capacidade de processar informações.
A evidência sobre resultados de aprendizagem não mostra uma clara associação entre diferentes estilos de aprendizagem e desempenho. Observa-se também que a categorização proposta dos estilos de aprendizagem é difícil de encontrar na pesquisa empírica. Um estudo realizado no México investigou se houve predominância de certos estilos entre estudantes com melhor desempenho acadêmico em linguagem e matemática e concluiu que não havia associação clara. Outras pesquisas realizadas na Colômbia descobriram que a relação entre estilos de aprendizagem e desempenho acadêmico é fraca e que tende a diferir entre diferentes grupos socioeconômicos.
De acordo com pesquisas existentes na América Latina, é difícil estabelecer que os estilos de aprendizagem estejam associados ao desempenho acadêmico. Portanto, as intervenções baseadas nesta abordagem devem considerar evidências insuficientes sobre o impacto que os estilos de aprendizagem têm sobre os resultados acadêmicos.
Quão segura é a evidência?
O panorama geral é consistente, porém a investigação rigorosa é limitada. A evidência da falta de impacto (e em alguns casos o resultado prejudicial) das estratégias de intervenção baseadas em estilos de aprendizagem foi demonstrada em numerosos estudos. A falta de validez e confiabilidade dos testes de estilos de aprendizagem também tem sido o foco de uma série de revisões.
Quais são os custos?
Os custos são muito baixos, embora geralmente envolvem uma variedade de materiais didáticos. No entanto, alguns dos testes para avaliar estilos de aprendizagem devem ser comprados. Dada a falta de evidências que existem sobre a existência de estilos de aprendizagem, devemos estar cientes das suas limitações.
O que devo considerar?
Antes da implementação desta estratégia em seu ambiente de aprendizagem, considere o seguinte:
É muito pouco provável de que os estudantes possuam somente um estilo de aprendizagem, por tanto a restrição das atividades às que somente parecem ser as suas aparentes particularidades poderia prejudicar o seu progresso. Isto é especialmente certo para estudantes mais novos em escolas primárias cujas preferências e estratégias de aprendizagem são ainda muito flexíveis.
Classificar os estudantes como um tipo particular de estudante, poderia enfraquecer a sua crença de que eles podem ter sucesso através do seu esforço, assim como fornecer-lhes una escusa para seu fracasso.
Parece ser mais prometedor se focar em outros aspectos da motivação para que os estudantes participem nas atividades de aprendizagem.
Certamente parece ser benéfico ter diferentes representações das idéias quando se desenvolve a compreensão, mas isto não demonstra que os estudantes individuais tenham um estilo de aprendizagem.
Como você está animando os estudantes para assumir a responsabilidade de identificar como eles podem ter sucesso em sua aprendizagem e desenvolveras suas próprias estratégias e estratégias bem sucedidas?
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(*)Síntesis elaborada por SUMMA a partir de la revisión sistemática de investigaciones académicas realizadas en la región.