Instituição executora: Colegio Karol Cardenal de Cracovia
País: Chile
Fonte: OCDE
Período de execução: 1978 - en curso
Plataforma de Prácticas Efectivas: Aprendizagem Colaborativa Metacognição e auto-regulação
Criar um ambiente de relações fortes e solidárias e ajudar a todos os estudantes a descobrir seu próprio potencial.
Um modelo de escola democrática baseado em um sistema de micro democracia onde cada um dos envolvidos desempenha um papel ativo.
A comunicação entre os integrantes da escola tem melhorado consideravelmente, o que permite criar um ambiente favorável para a aprendizagem.
O Colégio Karol Cardenal de Cracovia funciona como uma pequena república: uma Constituição rege o comportamento de cada um enquanto a participação dos alunos é incentivada por meio de diferentes instâncias (presidente, comunidades, ministério da justiça). “Cracovia” faz referência a João Paulo II que era o cardinal de Cracóvia antes de tornar-se Papa. A ideia de Juan Carlos Naverrete, desenvolvedor do projeto, era que a promoção de relações interpessoais estreitas e baseadas na discussão e colaboração poderiam permitir que as crianças desenvolvessem habilidades para sua vida futura de cidadãos. Por isso, a constituição política do Governo Karol (aprovada por todos os envolvidos) coloca ênfase nas pessoas; suas capacidades propositivas, sua livre expressão e na não discriminação.
Em primeiro lugar cada classe representa uma comuna de Santiago (o grupo do 3º A representa a Ñuñoa, por exemplo). Tem uma administração própria que conta com departamentos (educação e saúde) dirigidos por um prefeito elegido. Cada comuna conta também com uma autoridade judicial, assim como uma polícia local. Em segundo lugar, o presidente da república é eleito entre os alunos que apresentaram sua candidatura. A votação se organiza de acordo com as normas vigentes na vida real do Chile. Se nenhum candidato reunir a maioria absoluta dos votos no primeiro turno, se organiza um segundo. A supervisão dos comportamentos individuais está a cargo do Ministério da Justiça cujos integrantes garantem o respeito à Constituição em todas as circunstâncias, podendo tomar sanções contra eles.
Uma “gestão escolar de comunicações” promove e anima as atividades recreativas durante o tempo livre na escola. Em resumo, o Banco del Mérito Karol distribuiu a cada classe sua cota de dinheiro próprio da escola (“Karolméritos”) que permite intercambiar serviços entre os alunos. Todo o processo é moderado pela equipe pedagógica composta pelos professores e profissionais da infância (psicólogos e linguistas). A autoridade máxima é representada por um reitor de escola, que atua como “a autoridade moral na Terra”. Cabe mencionar que a participação das famílias na república Karol é muito incentivada: cada um dos pais pode receber a nacionalidade Karol e participar das discussões internas.
Uma das características do sistema educacional chileno – como em muitos outros países, ainda desenvolvidos – é o apego excessivo às metodologias tradicionais de ensino-aprendizagem. Para reverter as condições de desigualdade e respondendo ao contexto social e local onde as escolas estão inseridas, as escolas como a Karol Cardenal de Cracovia têm buscado modelos alternativos e inovadores de trabalho. Seu objetivo é reduzir as lacunas sociais desde a infância, centrando-se em habilidades tanto técnicas como competência, permitindo um desenvolvimento equitativo e integral entre os alunos.
As opiniões dos participantes da escola Karol são muito favoráveis, pois mostram um aumento efetivo da comunicação entre todos os envolvidos. Tal melhoria gera uma colaboração muito frutífera com relação à introdução de comportamentos responsáveis entre as crianças. Devidos aos baixos custos do programa, o modelo de gestão do Colégio Karol Cardenal de Cracovia representa uma inovação interessante para sua replicabilidade em outros contextos sociais.
Enlace: http://www.educarenpobreza.cl/2018/03/07/escuela-basica-karol-cardenal-de-cracovia/
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