Blocos horarios de disciplina
Impacto muito baixo, Custo muito baixo, Evidência limitada
Blocos horarios de disciplina
Os blocos horários de disciplina são uma estratégia de intervenção para programação horária em escolas de ensino secundário. Habitualmente quer dizer que os estudantes têm diariamente menos aulas (4 até 5) que duram períodos mais longos (de 70 a 90 minutos). Na pesquisa, as três modalidades principais de blocos horários de disciplina são:
Blocos horários de disciplina 4x4: 4 blocos de aulas de 80 até 90 minutos diariamente, com as mesmas 4 matérias todos os dias. Os estudantes fazem quatro matérias em um semestre e quatro diferentes no seguinte semestre.
Blocos horários de disciplina A/B: 3 até 4 blocos de 70 até 90 minutos diariamente com as mesmas matérias em dias alternados. Os estudantes fazem de 6 até 8 matérias cada semestre.
Blocos horários de disciplina híbridos: Um híbrido de modelos tradicionais e de blocos horários de 3 até 4 aulas diárias. Os estudantes fazem 5 aulas de 60 até 90 minutos diariamente.
Quão efetiva é a intervenção?
Não foi observado um padrão consistente nos resultados. Uma revisão sistemática no ano 2010 concluiu que os blocos horários 4x4 parecem gerar um melhor rendimento geral do que os blocos horários tradicionais, embora possa ocultar diferenças entre as matérias. Uma análise mais detalhada sugere que, em ciências, o bloco horário A/B gera melhores resultados do que os enfoques tradicionais (dois até cinco meses adicionais de aprendizagem).Em matemáticas e inglês, os resultados não são muito claros, com estudos que mostram resultados tanto melhores como piores para qualquer bloco horário quando comparados como bloco horário tradicional.
A evidência sugere que a forma em que os professores usam o tempo é mais importante do que a ampliação das aulas ou do horário, e por tanto,é pouco provável de que a introdução dos blocos horários por disciplina possa gerar por si só uma melhora no rendimento.Também pode ser que quando são incorporados novos esquemas horários, as mudanças sejam benéficas somente se os professores mudam a forma de ensino,aproveitando de melhor forma o tempo.Os Professores e os estudantes com freqüência percebem que as mudanças horárias são benéficas, especialmente quando aumenta a interação entre eles.No entanto, essas percepções não estão claramente ligadas com melhores resultados na aprendizagem.
Evidência na América Latina
Pouca pesquisa tem sido desenvolvida na América Latina sobre blocos horários de disciplina das aulas. Um estudo desenvolvido na Colômbia propôs a implementação de um ótimo modelo de aula para resolver o problema da distribuição de tempo durante o dia. Este modelo foi construído levando em consideração não apenas a organização adequada do tempo e as salas de aula entre os professores, mas também os ritmos ou preferências cognitivas dos alunos como o fator mais importante. O resultado dessa avaliação experimental mostrou uma redução significativa na desconcentração em grupos onde os ritmos cognitivos foram incorporados e implementados. No entanto, a evidência na América Latina é muito limitada em termos de estimar o efeito dos blocos horários de disciplina das aulas, no desempenho acadêmico. Mais pesquisas locais são necessárias para entender melhor o efeito sobre a aprendizagem deste tipo de intervenção.
Quão segura é a evidência?
Existem duas meta-análises recentes que verificam a evidência do impacto das mudanças nos horários e na programação da aprendizagem dos estudantes, mas se baseiam em uma pequena quantidade de estudos, de confiabilidade limitada.
Os horários afetam especialmente os colégios de ensino secundário, embora o tempo utilizado em diferentes áreas do currículo também é importante na educação primária. A pesquisa está focada principalmente no resultado em matemáticas, inglês e ciências.
Quais são os custos?
Os custos ao fazer alterações aos horários das aulas, consistem principalmente em ajustes organizacionais e de tempo que envolvem recursos financeiros mínimos.
O que devo considerar?
Antes da implementação desta estratégia em seu ambiente de aprendizagem, considere o seguinte:
As mudanças nos horários não são suficientes por si só para a melhora da aprendizagem.
Os professores precisam modificar a forma de ensino e devem planejar e organizar diferentes tipos de atividades pedagógicas para obter melhoras.
As mudanças nos horários já foram associadas com os objetivos curriculares, pedagógicos e de aprendizagem (como aulas mais longas para experimentos em ciências)?
Já considerou como as aulas mais longas podem fornecer oportunidades para outros enfoques promissórios, como melhorar a retroalimentação formativa que os estudantes recebem do professor ou de seus colegas?
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(*)Síntesis elaborada por SUMMA a partir de la revisión sistemática de investigaciones académicas realizadas en la región.